A gratidão pelo atendimento da equipe da Operação Dr. Teles motivou o autônomo Josiel da Silva, de 54 anos, a escrever uma carta aos profissionais que o acolheram. O momento emocionante ocorreu quando o paciente recebeu alta na própria casa, na quinta-feira, 20, no bairro Jardim Marco Zero.

O paciente deu entrada no projeto dia 7 de abril para tratar de um quadro grave de pneumonia aguda após ser atendido no Hospital de Emergências (HE). Ao ser encaminhado para tratamento domiciliar, ele foi medicado com antibiótico, realizou exames e recebeu assistência da equipe multiprofissional, recebendo alta.

“Eu sou muito grato a esse projeto e essa equipe maravilhosa que me deu tanto carinho e cuidado, por isso escrevi essas cartas agradecendo por tudo, desde a medicação até a conversa”, disse o paciente.

De acordo com a coordenadora da Operação Dr. Teles, enfermeira Camila Dias, receber esse carinho de volta torna o projeto mais valioso e necessário.

“Estamos felizes pelo reconhecimento do paciente e agradecemos pelo carinho. Como profissionais, terminamos o atendimento à domicílio nesta casa com o sentimento de dever cumprido”, enfatizou.

A Operação Dr. Teles já tratou e deu alta para 48 pacientes em mais de dois meses de funcionamento. O programa do Governo do Amapá concede assistência domiciliar a pacientes atendidos pelo Hospital de Emergências Oswaldo Cruz (HE) e, consequentemente, libera leitos na unidade, ajudando a diminuir a superlotação. Atualmente, 8 pessoas recebem tratamento em casa.

A Operação é uma das medidas emergenciais implementadas pela gestão para amenizar a superlotação do hospital. O Governo ainda lançou outras estratégias para melhorar o fluxo da unidade.

Na visita, é realizada a triagem clínica com aferição de pressão arterial, aferição de glicemia, e avaliação com o relato do paciente nas últimas 24h. Quando ele tem feridas ou cortes é feito o procedimento do curativo.

Dr. Teles
O nome do programa homenageia Antônio Pinheiro Teles, médico que fundou o Serviço de Nefrologia e a Residência Médica no Amapá. Ele se dedicou à saúde dos amapaenses até os últimos momentos de sua vida. Gostava de tratar os pacientes com muita atenção e era conhecido por ser “médico de cabeceira de leito”, ou seja, sempre muito próximo dos pacientes.

Ele faleceu em 4 de janeiro de 2017, vítima de um infarto. Logo após seu falecimento, foi homenageado com o nome da Clínica de Nefrologia do Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal).