Governo do Amapá inicia projeto-piloto voltado para a saúde mental de policiais militares

A Semana de Saúde Mental acontece até sexta-feira, 18, alcançando cinco batalhões com orientações sobre os serviços de atenção psicossocial do SUS.

O Governo do Amapá iniciou um projeto-piloto voltado para a saúde mental de policiais militares. A Semana de Saúde Mental segue até sexta-feira, 18, alcançando cinco batalhões da Polícia Militar (PM) com orientações sobre os serviços de atenção psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS). A campanha é resultado de uma cooperação entre a PM e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

São cinco dias de palestras com especialistas e coleta de informações. A partir dos dados recolhidos, um estudo será montado para identificar ações mais estratégicas de valorização da saúde mental desses profissionais. Entre os batalhões atendidos pelo projeto-piloto, está a Unidade de Policiamento Comunitário (UPC) do Conjunto Habitacional Macapaba, na Zona Norte da capital.

A campanha busca esclarecer os policiais sobre a importância do autocuidado, levando em consideração a rotina desses profissionais. Outro objetivo é que eles possam orientar a população sobre os serviços de saúde mental da rede pública durante ocorrências cotidianas.

Atualmente, a Polícia Militar conta com um efetivo de 2.965 efetivos. Uma pesquisa encomendada em 2022 pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) detectou que 40% desses servidores estão com alto nível de estresse. O diretor de saúde da corporação, coronel Messias Pinheiro, ressalta que o cronograma desenvolvido para a ação é um passo importante para retomar os cuidados com esses profissionais.

“A ideia é promover e alertar o policial militar sobre a necessidade de cuidar não apenas da sua saúde física, mas também atentar para a saúde mental. Baseado nisso, pedimos a colaboração da Sesa para montar essas palestras e oportunizar o policial a entrar nesse ciclo de conversa”, enfatiza o coronel.

Para o coordenador estadual de saúde mental, André Romero, a ação é uma oportunidade para identificar possíveis vulnerabilidades no atendimento psicológico desses servidores.

“Com isso, podemos efetivar novas políticas de cuidado à saúde mental dos militares e, posteriormente, levar esse formato de evento que está sendo executado hoje para todo o estado”, afirma o coordenador.

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