Governo do Amapá envia missão para ação integrada emergencial no Bailique

Mobilização garante atendimentos para a população afetada por problemas no fornecimento de energia elétrica e pelos fenômenos da salinização e terras caídas.

O Governo do Amapá realiza uma missão humanitária de emergência no Arquipélago do Bailique, pertencente ao município de Macapá, para prestar serviços de assistência social e de saúde aos moradores. Eles enfrentam dificuldades ligadas à falta de energia elétrica, e aos fenômenos da salinização das águas dos rios e das terras caídas.

Na noite de quinta-feira, 22, um barco com equipes e suprimentos saiu em direção ao arquipélago. Mil kits de alimentação foram enviados ao local e 1,3 mil caixas d’água já estão no Bailique para que as pessoas atingidas pela salinização do rio possam armazenar água potável. 

Foram enviados, ainda, água mineral, kits de higiene bucal, kits para vacinação contra a Covid-19 e Influenza, medicamentos, e kits de hipoclorito. A mobilização envolve pelo menos 15 secretarias de Estado.

O governador, Clécio Luís, que acompanhou a preparação da equipe para sair da sede da capital, iniciou tratativas com a CEA Equatorial Energia e com o senador Davi Alcolumbre para buscar uma solução para melhorar a distribuição de energia elétrica no arquipélago.

“Estamos enviando uma missão emergencial para o Bailique, que está passando por um dos momentos mais difíceis e dolorosos de sua história. Essa missão é uma forma de o Estado reconhecer o problema. Sabemos que vai amenizar, mas não é isso que vai resolver o problema de fato. Por isso, estamos buscando uma solução junto ao senador Davi e à CEA de médio e longo prazo”, declarou Clécio.

As equipes se instalam, inicialmente, na Vila Progresso. O Bailique tem mais de 13 mil pessoas, que habitam 52 comunidades. Além da distribuição dos itens, haverá vacinação contra Covid-19 e Influenza e emissão de documentos, como carteiras que garantem benefícios sociais aos pescadores e agricultores. 

“Estamos levando kits de alimentos, serviços de emissão de documentos, vacinação, atendimentos médicos, serviços jurídicos, entre muitos outros. O Governo do Amapá está olhando para o Bailique com o objetivo de garantir a dignidade da população”, explica o assessor especial da Secretaria de Estado de Mobilização e Participação Popular, Hildo Lemos.

Fenômenos Terras Caídas e Salinização no Bailique

Além do atendimento direto ao público, equipes do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) irão realizar a análise de qualidade da água salinizada e a Defesa Civil fará o mapeamento de áreas de risco.

A erosão das terras às margens dos rios, conhecida como “Terras Caídas”, contribui para a queda de casas, escolas, e cria um ambiente de insegurança habitacional e social para as famílias.

A salinização é provocada vazão da água doce dentro do oceano, que adentra a região e dificulta o acesso à água potável, comprometendo também a alimentação básica, fornecimento de energia elétrica e prestação de serviços públicos.

Os dois eventos têm se intensificado nos últimos anos, provocando dificuldades que afetam diretamente a vida dentro das comunidades.

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