
A Delegacia de Crimes Contra o Consumidor (DECCON) deflagrou nos dias 18 e 19 de dezembro, a operação ‘Pacto Falso’ que visa combater um esquema de venda de carta de crédito com contemplação antecipada, tendo como alvo empresários do ramo de consórcio, a operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e de prisão em vários estados .
A operação aconteceu através de uma ação integrada entre as polícias civis de São Paulo e Mato Grosso. Sendo três mandados de prisão, e dois de busca e apreensão, todos expedidos pelo juízo de Garantias de Macapá.

Um empresário do ramo de consórcio foi preso pela prática dos crimes de associação criminosa, estelionato e crime contra relação de consumo, outro empresário também com mandado de prisão expedido encontra-se foragido. O outro homem preso era vendedor de consórcio.
Segundo a investigação, os infratores estariam ofertando a possibilidade de contemplação antecipada da carta de crédito, solicitando apenas o pagamento de lance mínimo, e prometendo data certa de contemplação, que obviamente não acontecia, gerando significativos prejuízos as vítimas e configurando claro induzimento a erro do consumidor. As vítimas, quase sempre pessoas de baixa instrução e de parcos recursos, após fazerem os lances, eram mais uma vez ludibriadas pelo grupo, que passava a agir com desvios para não entregar a carta.
Segundo a Delegada Janeci Monteiro, titular da DECCON, o empresário sequer possuía autorização do Banco Central para tal venda . Em Macapá, foram identificadas, até o momento, mais de 70 vítimas do esquema criminoso envolvendo várias empresas, que juntas tiveram prejuízos de centenas de milhares de reais.
“Essa já é a quarta ação da Polícia Civil do Amapá, já somam 18 pessoas presas por esse golpe. Os infratores teriam criado estrutura para a execução dos crimes, contando com recursos materiais e humanos, para a obtenção da vantagem. O vendedor de consórcios foi preso no Amapá e o empresário na cidade de Alvarés Machado, em São Paulo. O consumidor precisa ter total atenção em contratar um consórcio e caso tenha sido vítima deste golpe pode procurar qualquer unidade policial para registrar o boletim de ocorrência que iremos investigar.” Afirmou a Delegada.
Os empresários também estão sendo investigados pelas Polícias Civis de Mato Grosso. Os homens presos serão encaminhados à audiência de custódia e ficarão a disposição do Poder Judiciário.