Iniciativa poderá atender até 2,5 mil famílias. Ação é promovida em parceria com associação de moradores do residencial.
Espaço utilizado servia como lixeira, com a nova destinação, o projeto também promoverá a recuperação do local
O Governo do Amapá, em parceria com a Associação de Moradores do Macapaba, na Zona Norte de Macapá, deu início ao projeto “Horta é Vida”, envolvendo famílias do local na produção de alimentos mais saudáveis e acessíveis. A iniciativa busca impulsionar a formação, capacitação e a sustentabilidade dentro do habitacional.
A horta comunitária será construída em uma área de aproximadamente 2 hectares, que atualmente está abandonada e serve como lixeira dentro do residencial.
Segundo a secretária da Habitação do Amapá, Mônica Dias, a ideia surgiu a partir do levantamento social realizado pela equipe do Plantão Social do Macapaba junto aos moradores. Após a reunião das maiores economias do mundo, durante o Startup20, em fevereiro, a temática ambiental se tornou mais forte ainda, motivando o projeto. O obejtivo é envolver a comunidade nos debates e ações a favor do meio ambiente.
“São temas que trazem de volta à tona a preservação, a sustentabilidade, e é para onde todos devemos caminhar. No mundo corrido, tornou-se um verdadeiro desafio, por exemplo, o fornecimento de alimentos saudáveis. Estudos apontam que o ritmo cada vez mais acelerado do consumo nos leva perigosamente aos limites do planeta, dessa forma nasce o projeto agroecológico Horta é Vida, que será desenvolvido sem uso de defensivos agrícolas e produtos químicos. A ideia do projeto dentro do residencial Macapaba, que será o pioneiro desta edição”, explica a secretária.
Equipes do Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) e as Secretaria da Habitação (Sehab), Transportes (Setrap), Infraestrutura (Seinf), do Meio Ambiente (Sema) e empresa Hibryda Consultoria, realizaram uma visita técnica ao local onde será desenvolvido o projeto. Segundo o diretor-presidente do Rurap, Dorival Santos, serão ministrados cursos e oficinas sobre técnicas de plantio e manipulação de cultivos.
“São atividades que vão além de capacitação dos moradores, mas que envolve também o processo de manutenção e cuidados com a horta, o que gera a promoção da sustentabilidade e senso comunitário, além de que daqui também podem nascer novas ideias de negócios”, frisou o gestor.
No local serão cultivados inicialmente legumes e hortaliças. De acordo com a coordenadora do Plantão Social do Macapaba, Gleice Barbosa, o projeto agroecológico busca atender inicialmente em torno de 30% dos moradores.
“O projeto traz muitos benefícios coletivos, além de dar vida ao local onde será feito o cultivo, a horta proporciona bem-estar social, aproxima os moradores e eleva a qualidade de vida. Esperamos atender uma média de 2,5 mil famílias”, destacou.