Governo do Amapá recomenda uso de máscaras e outros cuidados para proteção da saúde contra os efeitos da fumaça no estado

Macapá e outras 7 cidades foram afetadas pelas queimadas e incêndios florestais que impactam a qualidade do ar respirado.

Amapá está com a qualidade do ar afetada, chegando a classificação de ‘ruim’ a ‘péssima’

Em virtude dos altos índices de contaminação do ar por incidência da fumaça das queimadas e incêndios florestais que atingem o Amapá, nesta quinta-feira, 23, o governador Clécio Luís, recomendou o uso de máscaras de proteção em ambientes ao ar livre, especialmente para grupos sensíveis como crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios ou cardíacos.

De acordo com o relatório do Comitê de Crise de Eventos Hidrológicos e Mudanças Climáticas, coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), oito municípios estão com a qualidade do ar afetada, chegando a classificação de “ruim” a “péssima”, representando perigo para a saúde da população.

“É urgente! Enfrentamos uma situação crítica em Macapá e nos municípios de Mazagão, Santana, Itaubal, Cutias, Ferreira Gomes, Tartarugalzinho e Amapá, onde a população tem sentido um aumento significativo de fumaça nos últimos dias. É imprescindível o uso de máscaras neste momento, para cuidarmos da nossa saúde”, enfatizou o governador Clécio Luís.

Além dos incêndios florestais nos municípios, as queimadas na Unidade de Conservação do Lago Piratuba, no Cabo Orange e nas ilhas do Pará, aliadas à estiagem e a seca, estão deteriorando a qualidade do ar.

O Governo do Estado também recomenda outras ações para amenizar os efeitos nocivos do calor e da fumaça, como manter as residências fechadas nos períodos de maior incidência da fumaça, principalmente no início da manhã.

“Neste período crítico, dentro de casa, utilizar uma toalha molhada ou bacia com água, para deixar o ambiente mais úmido e diminuir a sensação de clima seco, pode ser uma medida eficiente. Além disso, utilizar umidificadores ou purificadores e aumentar o consumo de água é fundamental para garantir a hidratação adequada neste momento. É prudente também evitar atividades ao ar livre”, reforçou Clécio Luís.

Ações e monitoramento

O Governo do Amapá está há 100 dias atuando intensamente no combate às queimadas. Desde o dia 16 de agosto, mais de 480 militares e 67 brigadistas estão enfrentando os focos de incêndios florestais em todo o estado em todo o estado, que já ultrapassam mais de 17 mil focos de calor ao longo de 11 meses. Até quarta-feira, 22, foram registrados 2.361 focos de queimadas ativos.

O monitoramento, diário e por hora, é realizado pelo Comitê de Crise de Eventos Hidrológicos e Mudanças Climáticas na Sema, que verifica a qualidade do ar, focos de incêndios, focos de calor, velocidade e direção dos ventos, dados meteorológicos e os combates a incêndios em área rural e urbana em parceria com o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

Como a fumaça prejudica a saúde?

O crescimento dos incêndios florestais e queimadas agrava os índices de poluição do ar. O monóxido de carbono (CO), partículas de fuligem e elementos tóxicos presentes na fumaça geram uma série de efeitos no corpo humano. Alguns dos problemas decorrentes da inalação de fumaça e fuligem são:

  • Tosse;
  • Irritação no rosto, nariz e boca;
  • Falta de ar;
  • Aumento de doenças respiratórias;
  • Inflamação;
  • Diminuição da função pulmonar.

Os efeitos nocivos atingem principalmente, pacientes com doenças cardiovasculares e/ou pulmonares, gerando a piora dos ataques de asma em asmáticos, aumento de casos de câncer, entre outros, de acordo com a ONG Ecoa (Ecologia e Ação).

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