
Ele responde pelo feminicídio da cabo PM Emily Monteiro.
O início do interrogatório foi tumultuado pela defesa do réu, que não queria a presença “ostensiva” dos policiais militares do Fórum próximos a Kassio, por entender que isso induz o público ao entendimento de que o réu é uma pessoa perigosa.

“Eu soube posteriormente que foram 4 tiros. Quando cheguei na delegacia para o inquérito, achei que tinham sido 3, e até vi as imagens pra confirmar isso. Já preso, um legista foi lá comigo, conversou e falou que queria saber o que era aquilo na cabeça dela [Emily]. Eu disse que não podia ajudar, estava atordoado com a situação. Eu não conseguia lembrar e estava sem entender tudo aquilo”, narrou.
Kassio disse que pegou mensagens de suposta traição de Emily com um ex-namorado duas vezes, ficou triste e pediu para conversar com ela na primeira vez. A primeira teria sido no sábado à noite, dia anterior ao feminicídio.
descontrolei, peguei a arma e atirei, sim. Naquele momento, não conferi nada. Só lembro que atirei e pronto. Aí vi a avó dela falando lá fora: “o que tu fez?”. Então eu percebo a merda que fiz, por isso voltei pra ver e não acreditei na cena, no que eu tinha feito”, falou Kassio.
Em seguida, o réu alega que tentou se suicidar. “Eu tentei dar um tiro na minha cabeça, mas não consegui atirar. Eu vi ela e pensei ‘que merda eu fiz’. Eu só queria sair de lá. Não tive reação, não sabia o que dizer para a avó dela. Eu tinha medo do meu descontrole, de fazer algo para mais alguém”, justificou quando foi perguntado sobre o pós-crime.
texto Diário do Amapá.