Júnior Favacho articula assinatura de protocolo de intenção para tornar o Amapá livre de aftosa sem vacinação

O Amapá deu um passo importante para ser reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Nesta quarta-feira (18), a convite do deputado estadual Júnior Favacho, que preside a Comissão de Agricultura e Abastecimento da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Irajá Lacerda, desembarcou no Amapá e participou da assinatura do protocolo de intenção para a mudança de estado sanitário do Amapá, que hoje ainda inclui a vacinação como um fator condicionante.

A assinatura do protocolo aconteceu na sede da Superintendência Federal de Agricultura do Amapá e contou com a presença de membros do legislativo amapaense e representantes de órgãos estaduais e federais. A exclusão da necessidade de vacinação do rebanho de bovinos e bubalinos é uma meta do Governo Federal, que desde novembro de 2022 suspendeu a imunização em seis estados e mais o Distrito Federal, e até o ano de 2026 espera que a medida seja adotada por todos as unidades da federação.

De acordo com Júnior Favacho, a assinatura do protocolo é a demonstração de uma vontade política de desenvolver a agropecuária do Amapá, e que o estado só tem a ganhar com essa medida. “Temos muito trabalho pela frente, mas acredito que esse pleito é um passo importante para termos uma pecuária forte no Amapá, com segurança jurídica para os produtores e com o nosso rebanho valorizado no mercado externo. Queremos um estado produzindo alimentos com segurança e sustentabilidade, exportando e gerando emprego e renda para os amapaenses”, afirmou.

A mudança no status sanitário traz uma série de benefícios para o estado, como a redução de custos, a simplificação dos processos de comercialização, a melhoria nas condições de exportação, a confiança dos mercados internacionais e a valorização do rebanho amapaense. Na opinião do Secretário Executivo do Mapa, Irajá Lacerda, a retirada da vacinação pode colocar o Amapá em uma condição vantajosa no mercado externo, fator que pode ser muito importante para desenvolver a economia da região.

“No momento em que realizarmos essa mudança, vamos melhorar muito as condições de negociação do rebanho amapaense junto aos compradores externos. O Amapá é um estado rico, com um dos melhores solos do Brasil, e com um grande potencial para a pecuária. Não podemos aceitar que ele tenha um índice de desemprego tão alto como tem agora. Precisamos tornar o Amapá um estado próspero e tenho convicção que o agronegócio tem a capacidade de mudar essa realidade”, comentou.

O Superintendente do Mapa no Amapá reafirmou a importância da medida para a economia local, e o potencial que o estado tem no setor primário. Ele também exaltou a união de esforços dos atores políticos frente ao desafio de mudar a realidade do setor produtivo. “Esse é um dia histórico para nós, e tenho certeza de que conseguiremos essa certificação para que o setor pecuário amapaense possa crescer. Agradeço ao poder legislativo que tem estado ao nosso lado e abraçado as causas que nossa população precisa”, disse.

Pedido Formal

A assinatura do protocolo procede uma solicitação formal realizada pelo Governo do Amapá (GEA) no último dia 3 pedindo que o Mapa reavaliasse as condições sanitárias do estado no que se refere ao combate à aftosa. Ao solicitar a reavaliação, o GEA informou ao Governo Federal que já concluiu mais de 50% das ações previstas no Plano Estratégico Estadual; e que atendeu quase 53% das recomendações feitas pelo Departamento de Saúde Animal do Mapa no relatório de auditoria efetuado no serviço veterinário do estado.

Dono do segundo maior rebanho de bubalinos do país, o Amapá, em 2022, imunizou 95,12% do rebanho de búfalos e bovinos, segundo dados divulgados pelo GEA. No primeiro dia de outubro deste ano, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro) iniciou a campanha de vacinação contra a febre aftosa de 2023. O período oficial da imunização é de 1º de outubro a 30 de novembro. A expectativa é que seja vacinado 100% do rebanho bovino e bubalino de todas as idades.

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