Aliados de Furlan tentam arquivar apuração da denúncia de agressão a jornalistas antes mesmo da oitiva de testemunhas

Um projeto de decreto legislativo que tenta arquivar o procedimento instaurado contra o Prefeito Antônio Furlan será lido nesta terça-feira, 2. De autoria do vereador Alexandre Azevedo, a proposição entraria em pauta ainda na quinta-feira passada, mas o parlamentar não conseguiu as assinaturas suficientes para o regimento de urgência, um total de 12 assinaturas.

Alexandre alega que a apuração da Câmara está atrelada à investigação na esfera policial e que diante de suposta inocência de Antônio Furlan no inquérito policial, haveria necessidade de arquivamento do processo na Câmara.

Ocorre que na esfera policial, o prefeito teve dois revezes: no dia seguinte ao episódio que culminou na prisão dos jornalistas, noticiado nacionalmente, foi divulgado o exame de corpo de delito das duas servidoras que alegavam ter sido agredidas pelos profissionais de imprensa. O exame deu negativo.

Depois, houve alegação de que os profissionais teriam sido pagos para causar tumulto e ocasionar a ocorrência policial. A Polícia Civil detectou que um suposto áudio divulgado por apoiadores do prefeito foi manipulado por meio de inteligência artificial.

O presidente da comissão processante, vereador Ruzivan Pontes, declarou que a apuração é a oportunidade do prefeito demonstrar sua inocência, sendo prematura qualquer tentativa de arquivar o procedimento.

O relator, vereador Alessandro Monteiro, também considerou o PDL equivocado e estranhou a iniciativa de Alexandre Azevedo, que inclusive faz parte da comissão.

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