O pagamento de propinas para gestores e servidores públicos da Prefeitura de Macapá seguem sendo investigados pela Polícia Federal a pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região, que buscam desvendar os maiores beneficiados do esquema que desviou recursos públicos destinados para obra de urbanização e paisagismo da Praça Jacy Barata Jucá, inaugurada no dia 23 de junho deste ano.
Os novos elementos obtidos pelos agentes federais durante a Operação Plattea, deflagrada no dia 19 de setembro, com cumprimento de mandados de busca e apreensão, em alvos na capital, como a casa e o gabinete oficial do prefeito Antônio Furlan e do seu secretário Cássio Cruz, além da Secretaria de Obras de Macapá, podem ser determinantes para elucidar alguns dos fatos denunciados pelo empresário da construção civil, Claudiano Monteiro.
“O valor foi passado para alguém acima dele e depois veio a cobrança do dele (secretário Cássio Cruz) para não travar as coisas na secretaria. É sabido por todo mundo que na Secretaria de Obras de Macapá a corrupção tá imperando lá dentro”, disse o empresário em audiência na Justiça, realizada por videoconferência, que está registrada em vídeo.
Segundo as investigações apontadas pela Polícia Federal, o esquema de propina iniciou com pagamentos de 5%, chegando a 20%, que teria ultrapassando R$ 500 mil, do valor total da obra que custou mais de R$ 10 milhões. Além da residência e do gabinete do prefeito Furlan, e do secretário de obras Cássio Cruz, outros oito mandados também foram cumpridos durante a operação, em bairros de Macapá.