Envolvimento com organização criminosa e recebimento de propina fazem Macapá voltar ao cenário nacional de forma negativa e expõe escândalos que envolvem secretários do atual prefeito que no entanto se cala.
Jesaias Silva e Silva, então subsecretário de Zeladoria da Prefeitura de Macapá, e Luanderson Alves, homem de confiança do prefeito no Macapaba, são investigados por vários crimes.
Mesmo depois de Macapá virar notícia nacional no Fantástico, da Rede Globo, sobre o envolvimento de aliados com uma facção criminosa, o prefeito Furlan segue calado diante dos fortes indícios de que Luanderson Alves, o “Caçula”, e Jesaias Silva e Silva, o “Jesa”, tem influência no executivo municipal. Os dois estão presos e são investigados pela Polícia Federal por coação eleitoral, compra de votos, crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Candidato a vereador nas eleições, “Caçula” teria a campanha financiada pela facção conhecida como “Família Terror do Amapá (FTA)”. Ele mora no Conjunto Macapaba e era uma liderança de Furlan no habitacional. Depois de ter a prisão preventiva revogada e mantida novamente, ficando foragido, ele se apresentou na segunda-feira, 7.
Já Jesaias Silva e Silva, o “Jesa”, era subsecretário de Zeladoria Urbana da Prefeitura de Macapá, quando foi apontado pela PF por envolvimento com o crime organizado. A operação foi deflagrada no dia 20 de setembro, quando foi preso e exonerado do cargo no mesmo dia e encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), mas teve a prisão convertida em medida restritiva de liberdade.
Ambos os investigados tiveram apoio do prefeito Furlan, e vice-versa, ao longo das campanhas eleitorais e eram figura constante nas caminhadas e eventos, especialmente no habitacional. Os moradores chegaram a pedir socorro à polícia, pois estavam sendo coagidos de forma violenta a votarem em caçula e no candidato de Jesa.