Candidato a vereador ligado à facção criminosa tem acesso ao Poder Executivo Municipal e influência, aponta PF

Luanderson Alves “Caçula”, é homem de confiança do prefeito Furlan no Conjunto Macapaba e segue foragido da Justiça.

Ao manter na sexta-feira, 4, o mandado de prisão contra Luanderson Alves, o “Caçula”, candidato a vereador ligado ao prefeito Furlan, a Justiça Eleitoral revelou os motivos para a decisão. De acordo com o processo e as investigações da Polícia Federal, ele exerce forte influência na gestão municipal. Veja:

  • Buscou apoio de Jesaias Silva e Silva, o “Jesa”, então subsecretário municipal de Zeladoria Urbana da Prefeitura de Macapá, sendo o líder do prefeito Furlan no Conjunto Macapaba. Exonerado do cargo e abandonado pelos aliados, Jesaias segue preso;
  • Alugou um imóvel para a Prefeitura de Macapá para expansão da Creche Eliana Azevedo pelo valor de R$ 5.000,00 mensais;
  • Tem facilidade de acesso ao Poder Executivo Municipal e influência à permanência de simpatizantes da facção no poder público municipal, bem como a exclusão de opositores;
  • Tem atuado junto com “Jesa” e outras lideranças da FTA para ameaçar moradores do Macapaba a votarem nele;
  • Vem coagindo moradores com frases: “quem não votar no Caçula vai ter seu apartamento tomado”, “nenhum outro candidato tem autorização da final para pedir voto aqui”, “quem tiver fazendo campanha para outro vereador vai ser disciplinado”.

Ligação com facções criminosas

A Polícia Federal e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Amapá (FICCO/AP) atuam para desvendar um esquema envolvendo tráfico de drogas e campanha eleitoral. Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Santana/AP e em Macapá.

A suspeita é de que uma facção criminosa com forte atuação no estado estaria financiando a campanha de um de seus membros, com o objetivo de infiltrar um suposto faccionado na política.

Como forma de fortalecer a campanha do candidato da facção, criminosos estariam ameaçando os moradores das áreas dominadas pelo tráfico a votar na pessoa indicada por eles. Se condenados, as penas somadas ultrapassam os 40 anos de reclusão mais pagamento de multa.

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