Nesta sexta-feira dia 9, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Amapá (Ficco) deflagrou a operação “Hunos”, com o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão em Macapá, e um mandado no presídio Bangu 4, localizado no estado do Rio de Janeiro.
A operação se concentrou nos bairros Novo Horizonte, Brasil Novo, Cidade Nova e nos habitacionais Macapaba e Mestre Oscar. O objetivo foi desarticular e identificar um núcleo criminoso que estaria ordenando a execução de crimes no Amapá.
O trabalho faz parte das investidas contra a criminalidade da gestão, que prioriza a integração das forças de segurança estaduais e federais que atuam no Amapá.
Investigações
A “Hunos” aconteceu após um desdobramento da operação “Armageddon”, deflagrada em 2022, quando mais de 20 pessoas foram presas e diversos materiais ilícitos foram apreendidos.
“A partir da Armageddon, a Ficco identificou uma possível conexão com quatro pessoas que moram em Macapá, com um indivíduo que é apontado como uma das principais lideranças do crime na capital. Esse indivíduo é acusado de diversos crimes no estado e estava foragido no Rio de Janeiro, quando foi preso dentro do Complexo da Maré, em 2021. Atualmente ele se encontra no presídio de Bangu, na capital fluminense”, explicou o delegado da Polícia Federal, Alexandre Botelho, responsável pela ação.
Botelho pontuou ainda que durante uma outra operação, a “Cerberus”, deflagrada pela Força Integrada em outubro de 2023, os policiais identificaram que esse acusado é o responsável pela guerra entre os grupos criminosos no estado.
De acordo com o delegado, de dentro do presídio o investigado supostamente comandava e ordenava as ações delituosas no Amapá por meio das quatro pessoas investigadas na ação desta sexta-feira.
“Essas pessoas seriam responsáveis por transmitir as ordens do líder da facção para os outros criminosos do estado, coordenando o tráfico de drogas, dando aval para o início de conflitos e autorizando diversos assassinatos, entre outros tipos de crimes”, explicou o delegado.
Com o decorrer das investigações, caso as suspeitas se confirmem, os investigados podem responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa, podendo cumprir até 33 anos de reclusão.
Força Integrada
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) do Amapá é coordenada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e conta com trabalho de cooperação de ações, investigação e inteligência da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica, Polícia Penal do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A operação desta sexta-feira contou ainda com a participação da equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e 2º Batalhão da Polícia Militar.