Na manhã desta quarta-feira (10), o Ministério Público do Amapá, por meio do seu Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e do seu Núcleo de Investigações (NIMP), juntamente com integrantes da Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas da Polícia Civil do Amapá (DRACO), do 4º Batalhão da Polícia Militar e da Polícia Federal, em investigação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), compuseram a Operação “Blind Diving” para dar cumprimento a cinco mandados de prisão temporária, e a sete mandados de busca e apreensão nos bairros Central, Universidade, Pedrinhas e Santa Inês, na cidade de Macapá.
A investigação é contra indivíduos, mergulhadores profissionais, que chegaram a Macapá no final do mês de março, vindos da região nordeste e sudeste do país e poderiam estar envolvidos com tráfico de drogas, na modalidade de acoplar o material ilícito em cascos de navios no porto da Companhia Docas de Santana. Diante das notícias, as instituições mobilizaram seus agentes para, de forma integrada e coordenada pela FICCO, realizar as diligências e investigações a fim de checar a veracidade das informações.
Durante as diligências, observou-se que os indivíduos, em pouco mais de dez dias que estão neste estado, adquiriram objetos e ferramentas profissionais e, ainda, realizaram diversos mergulhos noturnos próximos a embarcações de grande porte na área portuária do município de Santana, o que indica, pelo que foi colhido, que, de fato, estavam fazendo algo ilícito.
Os mandados judiciais de prisão temporária e busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quarta-feira no hotel onde dois deles estão hospedados, em uma chácara alugada e frequentada por eles e, ainda, na residência de outro integrante do grupo, que reside em Macapá e que já foi preso na capital do estado do Amazonas, em 2015, transportando quatrocentos quilogramas de droga.
Ao longo do dia serão realizadas buscas no casco do navio atracado no município de Santana, ao lado do qual eles realizaram diversos mergulhos noturnos no período das diligências.
Essas buscas são realizadas com o apoio de quatro mergulhadores da Polícia Federal vindos dos estados de Espírito Santo e Pernambuco especificamente para este fim e trouxeram vários equipamentos especiais, dentre eles, um veículo subaquático pilotado remotamente, denominado de ROV.
Mergulhadores do Corpo de Bombeiros do Amapá, a Guarda Portuária e a Capitania dos Portos da Marinha do Brasil em Santana também estão auxiliando na operação.
Blind Diving é um termo em inglês que significa mergulho às cegas.
Serviço:
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Texto: GAECO e NIMP / MP-AP
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