O vereador Paulo Nery (PSD) foi nomeado nesta terça-feira, 2, para assumir a Secretaria Municipal de Transparência e Controladoria da Prefeitura de Macapá. No lugar dele retorna à Câmara o sociólogo Nelson Souza, também do PSD.

A nomeação, no entanto, faz parte da estratégia de Furlan de tentar desmobilizar a comissão processante instalada na semana passada e que apura denúncia de crimes que podem levar a cassação do mandato do prefeito.

É que, numa eventual conclusão pela culpabilidade do prefeito, seriam necessários 16 votos para confirmar sua cassação. Paulo Nery, embora próximo de Furlan, faz parte do grupo político do governador Clécio Luis, junto com sua irmã, a deputada Telma Nery. O vereador, aliás, chegou a recusar a indicação para compor chapa de João Mendonça na disputa pela presidência da Câmara, para apoiar o hoje presidente da CMM, Pedro DaLua.

Luana Serrão, outro voto que Furlan poderia contar, está em vias de perder o mandato por infidelidade partidária e deve ser substituída pela contadora Lucélia Quaresma.

Na semana passada, o ex-lider de Furlan na Câmara, Alexandre Azevedo, tentou emplacar em regime de urgência um projeto de Decreto Legislativo para encerrar os trabalhos da comissão processante de forma sumária. Ocorre que para o regime de urgência, seriam necessários 12 consignações à proposição e ele não conseguiu assinaturas suficientes.

Outro revés ocorreu na Justiça, quando o desembargador Carmo Antônio negou liminar que buscava a mesma coisa e cujo mandado de segurança foi impetrado por Luana Serrão e Ezequias. A ação, inclusive, que contraria orientação partidária, foi a demonstração pública mais recente de que Luana Serrão segue integralmente a orientação de Furlan e, portanto, contraria o União Brasil.