O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) determinou, nesta sexta-feira (18), a prisão preventiva de Luanderson de Oliveira Alves, o “Caçula”, candidato a vereador de Macapá, acusado de coação eleitoral, compra de votos, tráfico de entorpecentes, lavagem de dinheiro e de ligações com a facção criminosa Família Terror do Amapá (FTA), segundo investigações da Polícia Federal na Operação Herodes.
A decisão, proferida pelo juiz relator Normandes Sousa, reverte uma medida liminar que havia concedido liberdade ao candidato. O Ministério Público Eleitoral (MPE) havia recorrido da decisão, alegando que Luanderson representa um risco à ordem pública e à aplicação da lei.
Segundo as investigações, na Operação Herodes, o candidato teria utilizado sua influência política para legitimar atividades ilegais da facção, como tráfico de drogas, coação eleitoral e corrupção. Além disso, ele teria se beneficiado financeiramente dessas atividades para sua campanha eleitoral e de seus aliados.
A prisão preventiva foi decretada em setembro, mas liberada após o término das eleições. No entanto, o Ministério Público Eleitoral entendeu que a manutenção da liberdade do candidato poderia prejudicar as investigações e permitir que ele continuasse a atuar em prol da organização criminosa.
Operação Herodes
A Operação Herodes da Polícia Federal, deflagrada em 19 de setembro, contra atuação da facção criminosa no financiamento de campanhas e coação de eleitores em Macapá, teve como alvos principais, Caçula e Jesaias Silva e Silva, “Jesa”, então subsecretário de Zeladoria Urbana da capital. Ambos atuavam na linha de frente da reeleição do prefeito Furlan, principalmente no Conjunto Habitacional Macapaba. As investigações seguem em curso pela PF e na Justiça Federal e Eleitoral.