Moradores do Macapaba denunciam “coação por votos” e pedem socorro à Polícia Federal

A população do Conjunto Habitacional Macapaba, na zona norte de Macapá, estão vivendo momentos de terror e insegurança. Segundo denúncias, integrantes de uma facção criminosa seguem coagindo os moradores a votarem em candidatos específicos nas eleições, sob ameaça de retaliações.
A prática, que se estende a outros conjuntos habitacionais da cidade, consiste em exigir que os moradores informem o número de sua seção eleitoral. Aqueles que se recusam a atender às exigências sofrem ameaças e intimidações.

“A gente vive com medo, não pode sair de casa à noite e nem falar nada. Eles [integrantes da facção] vêm aqui e falam pra gente em quem votar, senão a gente é ameaçado. É muito difícil”, desabafa uma moradora do Macapaba, que preferiu não se identificar por medo de represálias.

Os moradores clamam por uma presença mais efetiva da Polícia Federal, do Ministério Público Eleitoral e das forças de segurança nos habitacionais.

Operação Herodes e as conexões

A denúncia dos moradores do Macapaba ganhou ainda mais relevância após a Operação Herodes, deflagrada no último dia 20, pela Polícia Federal. A ação, que investiga o envolvimento de uma facção criminosa nas eleições do Amapá, resultou na prisão do subsecretário da Zeladoria Urbana de Macapá, Jesaias Silva da Silva, conhecido como “Jesa”, e na busca pelo candidato a vereador Luanderson Alves, o “Caçula”, integrantes de prestígio e da linha de frente da gestão e campanha a reeleição de Furlan na capital.

As apurações apontam que ambos atuavam em conjunto com a facção criminosa, financiando campanhas eleitorais e coagindo eleitores, com o objetivo de garantir votos e eleger seus aliados.

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