Droga apreendida faz parte da Operação Blind Diving, realizada nesta quarta-feira (10) e que cumpriu 7 mandados de busca e apreensão e 5 mandados de prisão temporária, em Macapá e Santana.
Por Josi Paixão, g1 AP
Mergulhadores agentes da segurança pública que compõem a Operação Blind Diving, realizada na manhã desta quarta-feira (10) pela Polícia Federal com apoio de outras instituições, localizaram uma carga de drogas no casco de um navio ancorado em um Porto no município de Santana, localizado a 17 quilômetros de Macapá.
Durante o trabalho de mergulho, foram apreendidos 154,75 kg de substância supostamente cocaína.
Sobre a operação
Navios do Amapá podem estar na rota do tráfico interestadual de drogas, segundo o que investiga a Operação Blind Diving, realizada nesta quarta-feira (10), em Macapá e no município de Santana, que cumpriu 7 mandados de busca e apreensão e 5 de prisão temporária.
O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas, utilizando cascos de navios para o armazenamento. A prática já é realizada em vários portos brasileiros, segundo a polícia.
Ação criminosa
A PF realizou acompanhamento dos suspeitos em vários dias da semana durante a madrugada e observou que os investigados utilizaram uma pequena embarcação, no Igarapé da Fortaleza e pararam em um local próximo ao navio de grande porte que estava atracado no porto e realizaram mergulhos.
Investigação
A investigação começou após denúncias de que criminosos do estado de São Paulo e do Rio Grande do Norte estavam na capital do Amapá, para o processo de acoplamento no casco de um navio, com substância supostamente entorpecente.
Os investigados na operação, possuem registro criminal pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e estelionato em várias regiões brasileiras.
Cumprimento de mandados
Foram encontrados equipamentos de mergulho e ferramentas na residência dos investigados. O material é utilizado para acomodar a suposta droga no casco do navio.
De acordo com a PF, a ação policial é considerada complexa, haja vista que deve contar com o trabalho especializado de mergulhadores, que inclusive, são dos Estados do Espírito Santo e Pernambuco e estão no Amapá em função da complexidade do caso.
Os mergulhadores dependem da ‘baixa da maré’ para iniciar o trabalho de busca no casco do navio, já que o material está, supostamente em um local apontado como ‘caixas de mar’, que é uma abertura feita no casco das embarcações abaixo da linha de flutuação destinada ao suprimento de água do mar para resfriamento de motores e também utilizada para descarregar água de sistemas diversos, facilitando inclusive o equilíbrio da embarcação durante a navegação.
Participam da operação o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado no Amapá (Gaeco), Polícia Civil, Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM), Guarda Portuária e Marinha do Brasil.