Foto: Ascom/CEA Equatorial e Arquivo/GEA
As mais de três toneladas de materiais foram levados para a região através de uma balsa
“A eletricidade já chegou aqui na Macedônia, estou muito grata ao governo. Os funcionários trabalharam arduamente. Só temos a agradecer o empenho de todos para conseguir energizar a nossa comunidade”, diz a dona de casa, Edian Vilhena. O relato emocionado da moradora do arquipélago do Bailique, distrito de Macapá, veio após a ampliação do cabo subaquático, serviço executado pela CEA Equatorial e acompanhado de perto pelo governador Clécio Luís, que desde o início do ano, monitora a região.
“Estamos atentos às diversas situações que o distrito do Bailique passa. São problemas graves e sabemos do sofrimento dos moradores da região e sempre achei justa as reivindicações das famílias. Estou junto com a equipe de governo trabalhando para que os problemas sejam resolvidos, principalmente, o da falta de energia. Agora, com os ajustes no cabo subaquático, uma grande parte dos moradores poderá voltar a ter energia”, destacou o governador Clécio Luís.
São mais 255 metros de cabeamento que devem restabelecer o fornecimento de energia 24 horas na região que sofre com a falta e as constantes interrupções da eletricidade há anos. Com o andamento dos trabalhos, em algumas comunidades os moradores já vivem uma outra realidade.
“Antes, não podíamos guardar comida e tinham pessoas que não tinham condições nem de comprar velas, mas agora temos outra realidade. Muito obrigado por tudo governador Clécio, por ter nos ajudado, eu estou muito feliz e agradecida”, ressaltou a moradora.
A localidade já possui um cabo, mas por questões como o alargamento do Rio Amazonas, ocasionado pelo fenômeno das “terras caídas”, houve a necessidade de ampliação do equipamento, que agora terá o total de 605 metros de comprimento e conduzirá a eletricidade para comunidades como Vila Macedônia, Jaranduba, Igarapé do Meio, Ilha do Brigue e áreas próximas.
Para a chegada do cabo subaquático no arquipélago foi realizada uma grande operação na capital Macapá, envolvendo três caminhões munck, uma balsa e uma voadeira. Tudo para transportar cerca de três toneladas de materiais. O trabalho envolve também 18 colaboradores que atuam de forma intensa para a maior agilidade dos serviços.
O aumento do fenômeno das “terras caídas” tem sido uma das principais dificuldades para o pleno fornecimento de energia na região, logo que o avanço do rio ocasiona o desbarrancamento das margens, a derrubada de postes anteriormente já instalados no distrito; além do atraso de manutenções na rede.
Ação humanitária
Para amenizar os problemas iminentes no Bailique, o Governo do Amapá já efetuou diversas ações dentro das comunidades do arquipélago, como envio de força-tarefa para ajudar os moradores afetados com a falta de energia e fenômenos naturais. O governador Clécio Luís chegou a fazer um sobrevoo na região, para acompanhar os serviços de recolocação das redes elétricas, que foram prejudicadas, devido ao fenômeno.
Em outras duas grandes ações, o Estado enviou ao arquipélago serviços de assistência social, para a distribuição de mais de 1 mil kits de alimentação, e atendimentos de saúde; além da distribuição de caixas d’água, para que as pessoas atingidas pela salinização do rio pudessem armazenar água potável.
Uma máquina de dessalinização de água também está sendo testada para amenizar as dificuldades enfrentadas pelas famílias da região. O equipamento tem capacidade para tratar cerca de mil litros de água por hora, transformando o líquido insalubre em potável, pronto para o consumo.