Os alunos da Escola Estadual Quilombola Lagoa dos Índios, na Zona Oeste de Macapá, são recebidos na primeira semana de aula com ações de saúde e de cidadania, como conscientização sobre os danos da prática do bullying. A instituição de ensino é uma das mais de 380 escolas do Governo do Amapá que retomaram as atividades com acolhimento aos estudantes, após um mês de férias.
Na programação, que segue até quinta-feira, 10, os alunos participam de oficinas pedagógicas onde são conscientizados sobre temas como comunicação não violenta e respeito mútuo. As crianças e adolescentes também têm acesso à aplicação de flúor e, em caso de dificuldade para enxergar, são encaminhados a consultas oftalmológicas.
Para a pequena Graziele Modesto, de 10 anos, a programação traz a oportunidade de inibir ações de bullying entre colegas, situação que ela disse já ter sentido na pele.
“Não é legal fazer isso com as pessoas. Machuca o coração delas. Eu já sofri bullying e eu senti muita dor e pensei até em deixar de vir para a escola, mas isso passou”, reconheceu a menina.
A escola atende 350 alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos (Eja). A maior parte dos estudantes vive na Comunidade Quilombola Lagoa dos Índios, mas também há moradores de outras regiões da Zona Oeste, como o bairro Marabaixo.
Atendimento nas escolas
Os alunos também puderam receber aplicação de flúor, além de orientações sobre como fazer uma boa higiene bucal. Aqueles que precisam de atenção oftalmológica, são encaminhados para o Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate, conhecido popularmente como Capuchinhos.
A chefe da Unidade de Atendimento Odontológico do Núcleo de Atendimento da Saúde do Educando (Nase), Ana Karolina Lima, explicou que o Governo do Estado oferece os atendimentos de acordo com a necessidade de cada escola.
“Se a escola tem um índice muito alto de alunos com dor de dentes, problemas oftalmológicos ou casos de depressão ou ansiedade, o Governo do Estado atende também. Mas se a necessidade da escola é trabalhar apenas um tema, a equipe vai. A escola só precisa solicitar e a Seed se prepara para chegar até ela”, orientou Ana Karolina.
A diretora da instituição de ensino, Cristiane Sanches, explicou que chegou até o serviço oferecido pelo Governo do Estado, quando foi em busca de um atendimento voltado para a educação especial.
“Está sendo muito gratificante para nós que essa ação tenha entrado no nosso cronograma de volta às aulas”, frisou Cristiane.