A Polícia Civil montou operação para cumprir mandados de busca e apreensão de cabos e fios de Operadoras Instaladas em via pública e localizadas nas torres de transmissão de internet de propriedade das Operadoras de Telefonia Móvel OI, CLARO e VIVO, e, fortuitamente, também foram encontrados cabos de energia pertencentes à empresa CEA/EQUATORIAL ENERGIA.
De acordo com o delegado Ronaldo Entringe, adjunto da 6ª DPC, que coordenou a Operação, foram cumpridos nove mandados de busca, com a apreensão de, aproximadamente, uma tonelada de fios de cobre e uma arma de fogo.
Três indivíduos, com idades entre 32 e 60 anos, foram presos em flagrante por desobediência à ordem judicial, posse ilegal de arma de fogo, receptação e possível associação criminosa. Também foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos em posse dos investigados, o que ensejará um aprofundamento das investigações.
“Durante a investigação policial, restou apurado que a prática do furto de cobre resulta no delito de receptação, uma vez que o material é comprado por sucatarias que atuam em Macapá, ora diretamente daqueles que praticam os furtos, ora de sucatarias menores espalhadas pela cidade de Macapá, que revendem o material ilícito para as sucatarias maiores, as quais foram alvo das diligências de busca e apreensão.
A prática delituosa tem possibilitado aos infratores alvo da operação a realização de ‘negócios’ com siderúrgicas e indústrias de outros estados da federação num valor estimado de R$ 350 mil ao mês, comercializando o material ilícito”, explicou o delegado.
A delegada Joseane Carvalho, titular da 6ª DPC, ressaltou ainda, que esses furtos provocam, rotineiramente, a interrupção de fornecimento de acesso à internet para órgãos públicos, estabelecimentos comerciais e cidadãos de Macapá e de outras cidades do Estado do Amapá e energia elétrica. Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos cabos de eletricidade da CEA/EQUATORIAL.
“Esse tipo de ação visa combater o furto de fios de cobre, principalmente, utilizados em cabeamentos de telecomunicações, bem como de energia elétrica, pois o furto desse material resulta na interrupção de serviços de telefonia, internet e elétrico, sendo que não levamos em conta apenas o prejuízo material das empresas vítimas, mas, especialmente, o prejuízo que isso causa na sociedade como um todo, e, por isso, combatemos constantemente estas práticas criminosas”, complementou a delegada.
O crime de furto qualificado prevê uma pena de reclusão de 2 a 8 anos; o de receptação qualificada (compra de material furtado) é mais severo, indo de 3 a 8 anos de prisão e multa, e da posse ilegal de arma de fogo, de 01 a 03 anos e multa.
A “Operação Cuprum” foi comandada pela 6ª DPC e teve a cooperação do Departamento de Polícia da Capital, das 1ª, 8ª, 9ª e 10ª Delegacias de Polícia da Capital, da CORE, da CECCOR e da DECCP.
O operação foi batizada como “Cuprum” em alusão a expressão em latim do metal cobre.
Os inquéritos policiais serão concluídos e encaminhados à Justiça para a responsabilização dos infratores.
Assessoria de Comunicação PC-AP