A força-tarefa montada pelo Governo do Amapá para ajudar os moradores do arquipélago do Bailique, que sofrem com a falta de energia e fenômenos naturais, continua. O governador, Clécio Luís, fez um sobrevoo no sábado, 1º de julho, na região para acompanhar a reconstrução do linhão.
A área alagada impede o acesso de embarcações e veículos e todo o trabalho de instalação de centenas de postes é feito de forma manual. São 52 trabalhadores atuando na recolocação das estruturas, que está na fase final.
Junto com o diretor do grupo Equatorial no Amapá, Augusto Dantas, Clécio acompanhou no helicóptero do Grupo Tático Aéreo (GTA) toda a área que recebe a intervenção da empresa.
“Estou pessoalmente fazendo esse sobrevoo pra gente vê a dificuldade, que são gigantescas. É uma situação muito grave e dramática que o Bailique enfrenta com o fenômeno das Terras Caídas. Não estamos medindo esforços. O povo necessita de energia para conservar alimentos, manter o seu negócio, para a merenda escolar, para a dignidade das pessoas”, destacou o governador.
Antes o fornecimento de eletricidade era feito por uma usina que estava instalada na região. Ela foi substituída por uma ligação direta ao linhão, a partir da Subestação do Inajá.
O linhão é rota também de rebanhos de búfalos, o que faz com que esses animais esbarrem nas estruturas, contribuindo para a queda. Em média, caem dois postes por dia na região. Na última sexta-feira, 30, quatro postes foram derrubados.
Além do trabalho da CEA Equatorial, está sendo desenvolvido junto ao senador Davi Alcolumbre, o programa ‘Mais Luz para Amazônia’, que vai levar energia solar individualizada para as comunidades.
“O que está sendo feito é um trabalho urgente, para agora, mas já estamos pensando no futuro das pessoas e de como resolver definitivamente a situação no Bailique”, pontuou Clécio.
Mesmo com a dificuldade de fixação dos postes, está sendo realizado um trabalho técnico de contorno em cada instalação, para que o material se fixe mesmo com as adversidades da natureza.
“Desde que chegamos na região, nós fizemos duas grandes intervenções: a primeira, precisamos fazer 3 quilômetros de contorno, pois a região do Rio Mamão aumentou muito a dimensão do lago. E agora estamos fazendo a segunda relocação de postes em 4,5 quilômetros na região”, informou o diretor do grupo CEA Equatorial.
Missão humanitária
Enquanto o problema não é resolvido, o Governo do Estado enviou ajuda humanitária à população do arquipélago, com diversas frentes de serviço, para minimizar as vulnerabilidades sociais.
Por meio de uma mobilização que envolveu mais de 15 secretarias, foram enviados mil kits de alimentação ao local e 1,3 mil caixas d’água para que as pessoas atingidas pela salinização do rio possam armazenar água potável.
As equipes distribuíram ainda água mineral, kits de higiene bucal, kits para vacinação contra a Covid-19 e Influenza, medicamentos, e kits de hipoclorito.