O Pronto Atendimento Infantil (PAI) segue registrando alta demanda no número de crianças atendidas no local, principalmente neste período sazonal, onde a incidência de doenças gripais costuma atingir mais crianças e adolescentes.
De acordo com os dados do PAI, de 1 a 24 de abril foram atendidos 3.755 pacientes no hospital, sendo quase três mil de classificação azul e verde, ou seja, de demandas que podem ser tratadas em Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Segundo o levantamento, em abril cerca de 80% dos atendimentos são casos de baixa complexidade, ou seja, de classificação verde e azul. Com a prioridade de atendimento para pacientes mais graves, o tempo de espera no serviço do hospital aumenta para os demais.
“É comum neste período sazonal aumentar os casos de crianças doentes o que cresce o fluxo de pacientes, no entanto, os mais graves e as situações de emergência recebem prioridade no atendimento. Isso acaba gerando um tempo de espera maior para atendimento e a lotação do PAI”, enfatizou a secretária de Saúde, Silvana Vedovelli.
Os números mostram uma escala crescente de atendimentos fora da vocação da unidade. No mês de fevereiro foram registradas a entrada de 3.283 pacientes, sendo 19 classificados vermelhos, 72 laranja, 1.070 amarelo, 94 azul e 2.026 verdes.
Em março, o número total de pacientes foi de 4.951 casos, sendo 8 de classificação vermelha, 278 laranja, 2.444 amarelo, 517 azul, 1,7 mil verde.
Síndromes respiratórias
Dados epidemiológicos divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que o Amapá está entre os 16 dos 27 estados que apresentam maior incidência de síndromes respiratórias como influenza tipo A e B, vírus sincicial respiratório, e Covid-19.
Os dados apresentados pelo InfoGripe, gerido pela Fiocruz, apontam que os casos ainda apresentam sinais de crescimento e que isso apenas reforça a importância de adesão às campanhas de vacinação contra a COVID-19 e contra a gripe.
Quando devo procurar o PAI?
O PAI é direcionado a atendimentos de urgência, quando a criança precisa de atendimento imediato, ou de emergência, quando há risco de morte. O atendimento é realizado de acordo com a classificação de risco, respeitando os casos de prioridade, independente da ordem de chegada.
Segundo os especialistas, quando a criança apresenta sinais de um resfriado comum, que são leves, como tosse e coriza, ela pode ser atendida em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Para diferenciar cada caso, é preciso estar atento aos sintomas:
- Diminuição da produção de urina;
- Convulsões pela primeira vez ou que durem mais de quatro minutos;
- Frequência respiratória elevada;
- Presença de sangue nos vômitos ou na diarreia;
- Vômito que não foi curado por alguma medicação;
- Diminuição da sucção em lactentes e recém-nascidos;
- Nível de consciência alterado (desmaio);
- Irritabilidade mantida ou choro persistente;
- Dores abdominais fortes por mais de três dias;
- Febre alta (maior que 39°C) por mais de três dias ou acompanhada de outros sintomas;
- Chiado, cansaço ou tosse seca;
- Desidratação;
- Alterações nas “moleiras” (formas curvas ou afundamento das mesmas);
- Dificuldade de alimentação.