Na última quarta-feira 27/11, a Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACCO) deflagrou a operação RENORCRIM, que desarticulou grupo criminoso em garimpo ilegal no município de Laranjal do Jari .
A Operação Renorcrim, faz parte de uma iniciativa Nacional coordenada pela Senasp, que integra unidades especializadas no combate a organização criminosa em todo o país .
Durante a ação, foi desarticulada uma base que servia de suporte logístico e operacional para o garimpo ilegal. Foram apreendidos bens avaliados em R$ 1.233.600,00, representando um impacto direto contra a logística criminosa. Entre os materiais apreendidos estão:
Uma aeronave usada para transporte de materiais ilícitos;
Três espingardas (sendo duas calibre 12 e uma calibre .22), lunetas de uso restrito e uma pistola calibre .40 com numeração raspada, pertencente a um Guarda Civil Municipal de Laranjal do Jari, segundo apuração preliminar;
Munições calibres .22 e .40;
Carotes de combustível, ouro bruto e equipamentos tecnológicos, como uma antena de internet Starlink, um GPS portátil e diversos objetos utilizados na prática de garimpagem ilegal.
Cinco suspeitos foram presos em flagrante, incluindo mecânicos, o piloto da aeronave e operadores contratados por um indivíduo apontado como líder do esquema criminoso. Durante o interrogatório, o piloto afirmou já ter sobrevivido a quatro acidentes aéreos anteriores, reforçando a ousadia e os riscos assumidos pelo grupo criminoso na execução de suas atividades ilegais.
De acordo com o Delegado Ismael Nascimento, titular da DRACO, “as investigações continuam para identificar outros envolvidos e aprofundar a apuração sobre a atuação desse grupo criminoso. Nosso objetivo é desmantelar essa estrutura que atua em prejuízo do meio ambiente na Amazônia e da sociedade”, destacou. O delegado também ressaltou o impacto significativo da operação: “Esse prejuízo financeiro de mais de R$ 1,2 milhão demonstra a efetividade das ações da Polícia Civil. Vamos continuar com esforços integrados para garantir que essas práticas ilícitas sejam interrompidas”, afirmou.
A deflagração das ações da Polícia Civil ocorre no contexto da Operação Renorcrim, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A iniciativa reúne unidades especializadas em todo o país, garantindo estratégias integradas no combate ao crime organizado, especialmente em áreas sensíveis como exploração mineral e tráfico de drogas e de armas.
A operação foi coordenada pela DRACO (Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), com a participação das seguintes unidades da Polícia Civil do Amapá: DETE (Delegacia Especializada de Tóxicos e Entorpecentes), DECCP (Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio), NOC (Núcleo de Operações com Cães), CORE (Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais), DRCCIBER (Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos), LAB-LD (Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro) e 1ª DPLJ (Delegacia de Polícia de Laranjal do Jari).
Os presos foram encaminhados para audiência de custódia, sendo que três deles tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva e serão encaminhados ao IAPEN, enquanto dois responderão em liberdade. Todos poderão responder pelos crimes de porte ilegal de arma de uso restrito, crimes ambientais, como armazenamento de combustível e uso de motosserra, associação criminosa, usurpação de bens da União e outros crimes correlatos.
A Polícia Civil do Amapá reafirma seu compromisso no enfrentamento ao crime organizado, protegendo os recursos naturais e a segurança pública, com a certeza de que novas ações serão realizadas em continuidade às investigações.