Na manhã desta terça-feira 24 a Secretaria de Estado de Segurança Pública, juntamente com a Delegacia Geral de Polícia Civil e o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) convidaram a imprensa e deram uma entrevista coletiva para falar sobre a segunda fase da “Operação Murus”, que aconteceu nesta segunda-feira, 23, com as prisões de um policial penal e dois membros de um grupo criminoso, suspeitos de facilitarem a entrada de drogas e outros materiais ilícitos para dentro do Iapen.
A operação resultou na prisão de um policial penal e dois membros de um grupo criminoso, suspeitos de facilitarem a entrada de drogas e outros materiais ilícitos no IAPEN, comprometendo a segurança interna do presídio.
As investigações, que culminaram na operação, começaram após uma prisão realizada pela DETE, com o apoio do NOI, envolvendo o policial penal suspeito, que foi preso por crime de falsa identidade e posse de entorpecente para uso pessoal. Junto com outros membros do grupo criminoso, ele já havia sido investigado em uma ação relacionada ao tráfico de drogas. A partir dessa prisão, a Polícia Civil intensificou as investigações e descobriu um esquema maior de introdução de ilícitos no sistema prisional, organizado pelo policial penal e outros integrantes do grupo.
Segundo as investigações, um dos principais contatos do policial penal solicitava o transporte de drogas para presos dentro do IAPEN, fornecendo instruções detalhadas sobre horários e locais de entrega das substâncias ilícitas. Em troca, o policial penal recebia pagamentos por meio eletrônico, confirmando sua participação ativa no esquema.
Outro contato também solicitava a entrega de uma encomenda, utilizando termos codificados para se referir a drogas. As mensagens interceptadas entre os envolvidos continham instruções detalhadas sobre a logística das entregas, além de orientações para apagar as conversas, numa tentativa de ocultar provas e dificultar a investigação.
Durante a operação realizada em Macapá, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, além de três mandados de prisão. Foram apreendidas drogas, um kit solar completo, com painéis solares e inversor, avaliados em cerca de R$ 20 mil todos adquiridos com recursos de origem suspeita.
Participaram da operação a Polícia Civil do Amapá, através da Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), com o apoio da DETE, NOC, CORE, SEJUSP, IAPEN.