
O presidente do Senado citou seu estado, o Amapá, como exemplo de preservação ambiental, com mais de 97% do território conservado
De volta a Belém (PA), desta vez para a abertura da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), o presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou, nesta segunda-feira (10), que o Brasil tem contribuído de forma efetiva para a proteção do meio ambiente. Ele citou o caso de seu estado, o Amapá, considerado líder nacional em preservação ambiental e pioneiro em projetos que aliam desenvolvimento socioeconômico e cuidado com a natureza.

O senador esteve na capital paraense na última quinta e sexta-feira, quando participou da Cúpula de Líderes. “Sem dúvida, o Brasil é exemplo para o mundo: reduzimos em 50% o desmatamento da Amazônia nos últimos três anos, ampliamos o uso de biocombustíveis, energia solar e energia eólica, e lançamos o Fundo Florestas Tropicais para Sempre. E o Amapá tem se destacado não apenas por ter mais de 97% de seu território preservado, mas por ser pioneiro em projetos que conciliam desenvolvimento socioeconômico e preservação ambiental, como o Plano Estadual de Sociobioeconomia, o Atlas Solar e o futuro Atlas Eólico, todos voltados à geração de energia limpa, renda e emprego”, destacou.
Alcolumbre lembrou ainda que o Amapá possui 73,5% de sua área sob proteção ambiental, entre unidades de conservação, terras indígenas e comunidades quilombolas, e mantém taxa zero de desmatamento. “Temos saldo de carbono negativo: retiramos da atmosfera todo o dióxido de carbono que emitimos e ainda absorvemos mais de dez milhões de toneladas adicionais por ano. O Amapá é um dos maiores sumidouros de carbono do planeta”, afirmou.

O presidente do Senado estava acompanhado dos senadores Chico Rodrigues (PSB-RR), Daniella Ribeiro (PP-PB), Fabiano Contarato (PT-ES), Humberto Costa (PT-PE), Sergio Petecão (PSD-AC), Wellington Fagundes (PL-MT), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Alessandro Vieira (MDB-SE) e Marcelo Castro (MDB-PI).
Margem Equatorial
O parlamentar amapaense lembrou ainda que o Brasil descobriu recentemente o que chamou de “nova fronteira da esperança”, a Margem Equatorial — região de grande potencial de petróleo e gás, localizada no litoral Norte e Nordeste do país, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Segundo o senador, diferentemente de outros países, o Brasil fará essa exploração de forma responsável, com base na ciência e no respeito ao meio ambiente.
“Como disse o presidente Lula, não é possível abrir mão desses recursos ainda, mas é fundamental aproveitá-los de forma sustentável. É exatamente isso que estamos fazendo. Porque a renda da Margem Equatorial é que vai manter a floresta em pé. São esses royalties que vão financiar a transição energética, reduzir desigualdades e levar desenvolvimento sustentável ao Amapá, à Amazônia e a todo o Brasil”, ressaltou o chefe do Legislativo.
Alcolumbre voltou a defender que ciência e natureza devem caminhar lado a lado, afirmando que “progresso e floresta não são opostos, são aliados”. “O Amapá não deve nada a ninguém. O Amapá mostra, com resultados concretos, que o desenvolvimento sustentável não é discurso, é prática. É a prova viva de que é possível preservar e, ao mesmo tempo, gerar riqueza, emprego e dignidade para quem vive na floresta”, concluiu.

