A Polícia Civil do Amapá concluiu nesta segunda-feira (23) o inquérito do caso do presidente do Sindicato dos Taxistas do Estado (Sintax), Leandro de Souza Abreu. A polícia indiciou os quatro policiais que participaram da intervenção policial que terminou na morte do presidente em junho deste ano. Os militares estavam afastados de suas funções.
Além de Leandro, outras três pessoas estavam no veículo, uma delas que usava tornozeleira eletrônica, também morreu. Um menor de idade também foi atingido e levado ao Hospital de Emergências (HE).
O delegado Leonardo Leite, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), informou que os policiais foram indiciados pelos crimes de homicídio simples, tentativa de homicídio simples e fraude processual.
“Em vários momentos foi possível apontar contradições nos depoimentos dos policiais. Ouvimos a guarnição responsável pela ação e testemunhas”, destacou o delegado.
De acordo com o Cento Integrado de Operações em Segurança Pública do Amapá (Ciodes), durante a abordagem ao veículo uma pessoa desceu com as mãos para o alto e outra com uma das mãos na cintura e que teria pegado na arma. Ainda segundo o Ciodes, um revolver foi encontrado dentro do veículo.
Uma das pessoas que estaria armada era Leandro, que tinha registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).
A segunda arma, segundo o inquérito da Polícia Civil, teria sido incrementada na cena do crime.
“Foi levantado durante as investigações que o revólver apresentado no Ciosp do Pacoval foi incrementado na cena do crime como forma de justificar a legítima defesa”, afirmou Leandro Leite.
A intervenção policial aconteceu no bairro do Muca, na Zona Sul de Macapá, em junho deste ano, após uma equipe do 1º Batalhão Polícia Militar receber a denúncia de que homens armados estariam em um táxi, segundo o relatório do Ciodes.
No carro estavam 4 pessoas, entre eles o presidente do Sindicato dos Taxistas do Amapá (Sintax), Leandro de Souza Abreu e mais um homem com tornozeleira eletrônica, que morreram.
Além de um menor de idade que foi baleado e encaminhado ao HE e o motorista do veículo, que foi encaminhado ao Ciosp do Pacoval.
Ainda de acordo com o Ciodes, durante a abordagem ao veículo uma pessoa desceu com as mãos para o alto e outra com uma das mãos na cintura e teria pegado na arma.
O relatório descreve ainda que o homem apontou a arma na direção dos policiais, que dispararam em 3 dos 4 ocupantes.
Populares relataram em vídeos divulgados nas redes sociais que os ocupantes não teriam reagido e teriam saído do carro com as mãos levantadas.
O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário.
MATÉRIA G1-AMAPÁ