
Extração ilegal de ouro acontecia dentro da Floresta Estadual do Amapá, no extremo norte do Brasil. Desocupação da área e destruição dos materiais ocorreu nesta terça-feira (4) e quarta (5).
Foi divulgado neste sábado o resultado da operação “Água de Prata” que combateu o garimpo ilegal de ouro dentro da Floresta Estadual do Amapá (Flota), em Pedra Branca do Amapari, no interior do estado. Foram apreendidas e em seguida destruídas 4 escavadeiras hidráulicas avaliadas em cerca de R$ 2 milhões, alem de 5 motores-bomba.
A operação “Água de Prata” foi deflagrada após a Promotoria de Justiça de Pedra Branca do Amapari receber a denúncia da exploração ilegal em um garimpo conhecido como São Domingos. Em seguida foram expedidos pela Justiça Federal mandados de buscas para apurar as denúcias.
“Vários levantamentos foram feitos na área denunciada com apoio da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal em conjunto com o IBAMA e outros órgãos governamentais, que resultou na verificação da ocorrência de diversos crimes, tanto ambientais quanto de outra natureza”, informou o Ministério Público.
Foi necessário organizar uma força tarefa para chegar até o local sem causar suspeitas. O local estava abandonado e por isso ninguém foi preso.
A operação foi executada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amapá em parceria com a Polícia Federal (PF), Exército Brasileiro, Batalhão Ambiental da Polícia Militar e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA).

Buscas
De acordo com a PF, foram disponibilizadas 3 frentes de atuação para que as equipes pudessem chegar de surpresa até a região de difícil acesso: uma parte foi de helicóptero, outras de barco em uma viagem com duração de cerca de 6 horas, além de outra por terra e água.

Ao chegar no local, a força-tarefa encontrou as máquinas usadas para a extração ilegal de ouro que foram todas destruídas conforme o previsto para materiais utilizados em crimes ambientais.
Durante as buscas na sede da cooperativa de São Domingos foram apreendidos mídias, documentos e celulares de algumas lideranças, segundo a PF. As equipes levaram cerca de 15h para retornarem pela estrada que liga a área de garimpo às estradas do Amapá.
Por Núbia Pacheco, g1 AP — Macapá